segunda-feira, 8 de junho de 2015

SOMOS TODOS CRUCIFICADOS

É um absurdo saber que o povo da comunidade LGBT usou da simbologia sacra para chamar a atenção no dia de ontem. Nós não precisamos disso, temos brilho próprio e não devemos nos igualar aos opressores meus amores.

Falando sério:
Marco Feliciano e um montão de gente hoje resolveram expor seu ponto de vista sobre os gays que usaram da imagem sacra para “divertir-se” ou protestar contra a opressão religiosa que visa converter aqueles que vão contra a palavra o “pai”. Feliciano e outros se sentiram denegridos, ofendidos com tal ação porque ela fere os dogmas dos cristãos. Usar cruzes ou até mesmo representar uma figura lembre o Cristo morto é algo inaceitável. Para alguns violar a crença alheia é algo tão terrível quanto matar alguém a sangue frio.

PARADA GAY 2015 SÃO PAULO - BRASIL 
Nossa sociedade possui uma gama de valores trocados e entre eles está a super valorização da religião e a desvalorização do ser humano. Realizar campanhas para boicotar empresas que apoiam causas sociais ligadas à comunidade LBGT pode, mas não pode tocar na igreja porque a igreja é sagrada. Me questiono se a vida humana também não é sagrada e merece tal respeito.

Somos crucificados todos os dias. Olham-nos da cabeça aos pés como se fossemos doentes ou “pessoas granadas” que estão a ponto de explodir a sua purpurina a qualquer momento e contaminar a todos com a sua doença ou como já chamaram no passado com seu homossexualismo. Somos julgados por ter a liberdade de amar quem quisermos. Somos chicoteados porque para alguns como Silas Maláfia somos aqueles que corrompem as criancinhas e incentivamos a pedofilia e prostituição, destruímos famílias. Somos crucificados todos os dias por coisas bem pequenas e que na maioria das vezes nem mesmo existem. Julgam-nos, nos tratam feito lixo, nos excluem da sociedade. Eles pregam amor, pregam caridade, mas não praticam suas pregações e se você for contra será ameaçado com a tão famosa “justiça divina” que só beneficia gente de coração negro pelo que eu percebo.

Essa indignação que os cristãos estão sentindo hoje é a mesma que muitos iguais a mim sentem todos os dias ao ver na televisão ou ler em algum lugar comentários homofóbicos que colocam-nos como os piores marginais da sociedade como se nossa condição sexual fosse uma escolha.

Em fim, acho que eles usaram da ARTE para lembrar que todos temos um umbigo e que não podemos ficar olhando apenas pro nosso.


Por Patric Rodrigues 

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