terça-feira, 15 de outubro de 2013

Oriente Médio pode ter primeiro prefeito gay

TEL AVIV - Considerado um dos principais destinos gays do mundo, Tel Aviv pode ter seu primeiro prefeito assumidamente homossexual. Ao menos é o que espera o candidato Nitzan Horowitz, que se vencer nas urnas no dia 22 se transformará também no primeiro prefeito gay de todo o Oriente Médio.
As pesquisas sugerem uma derrota para seu oponente, o ex-piloto de caça Ron Huldai e atual prefeito da cidade. Mas o otimismo de Horowitz, de 48 anos, vem de uma pesquisa de boca de urna feita no mês passado por seu partido, Meretz, que indica uma diferença de apenas cinco pontos entre os candidatos. E 46% dos eleitores ainda estão indecisos, sugere outra sondagem do jornal "Maariv".
- Serei o primeiro prefeito gay não só de Israel como de todo o Oriente Médio. Isso é emocionante - afirmou um confiante Horowitz.
Ex-jornalista de TV e atual parlamentar pelo Meretz, Horowitz ficou conhecido pela defesa de questões sociais, especialmente dos imigrantes africanos que chegam a Tel Aviv. Apesar da imagem "gay friendly" de Tel Aviv, diz ele, ainda há muita discriminação na capital israelense.
- Melhorar a política em relação aos gays em Israel é muito difícil, é desafiador. O país tem uma série de problemas relacionados à comunidade sexual, que incluem não só discriminação, mas também violência - disse Horowitz.
O casamento gay não é reconhecido pelas autoridades israelenses.
- Espero que, quando for eleito, isso contribua para aumentar a tolerância e a compreensão, não só em Israel, mas em toda a região - disse ele.
O discurso inclusivo de Horowitz, se por um lado pode ajudá-lo a conquistar eleitores, não o diferencia muito de seu oponente nas urnas. Huldai, prefeito de Tel Aviv desde 1998, costuma ser simpático à causa homossexual. Já contribuiu com recursos à parada gay anual da cidade, a capital conta com um festival de filmes destinados a esse público, e ainda há um centro municipal que oferece atividades culturais e esportivas à comunidade gay.
- Não se pode dizer que a vida gay não floresceu na cidade sob o comando de Huldai - afirmou o ex-vereador Itai Pinkas, que trabalhou com o atual prefeito.

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