Acredito que esse foi maior problema que enfrentei até hoje,
e acreditem, ele só envolveu uma única pessoa, e esse alguém fui eu.
Como todo gay sempre me senti diferente dos demais meninos
da minha idade, bom eu era uma criança inocente, não sabia explicar o que me
coloca em “outro grupo”, era inocente, mas a gente cresce e a inocência é
perdida, isto é fato.
Com o decorrer do tempo finalmente soube o que me separava
dos ditos “meninos normais”, eu era gay, foi então que travei uma guerra contra
a minha pessoa. O problema não era o que
outros pensariam, ou ser aceito por eles, mas eu não me sentia a vontade com
essa nossa fase da minha vida, eu não me aceitava, me questionava sobre o
porquê de ser homossexual.
Eu sabia que não era uma opção ser gay, eu havia nascido
assim, mas me perguntei muitas vezes “eu não posso ser hétero?”, nunca obtive
resposta para tal pergunta, sofri, chorei, mas era em vão. Chegou uma hora em que eu não suportava mais
viver e quase tentei o suicídio, mas acordei e me obriguei a aceitar-me a
tentar a conviver com “isso”, será que eu não poderia permitir-me a ser feliz, mesmo
que não seguindo os padrões que essa sociedade estipula? Pois bem, sorri pra
vida e comecei a amar-me pelo que eu era e não pela minha condição sexual.
O próximo passo que dei foi o de deixar a mascara cair e
apresentar o meu verdadeiro eu aos meus amigos, isto me deixou mais leve,
tirou-me um grande peso das costas.
Ganhei muito afeto e apoio, algo que me deixou muito feliz e realizado
como pessoa.
O que antes era problema, hoje faz parte da minha realidade,
faz parte do meu eu. Sou uma pessoa renovada, aceitar-me foi o primeiro passo
para encontrar a felicidade e eu a encontrei.
Ame-se, este é o conselho que deixo a vocês.
Por: H.Z
Você querido leitor também gostou da iniciativa do nosso amigo em dividir a sua história conosco e ficou com vontade de fazer o mesmo? Então mande-nos a sua para o e-mail vemprobabado@yahoo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário