quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Mãe, lá em narnia estava muito frio então resolvi sair.




Chega uma hora em que se esgotam as forças de manter no anonimato a nossa sexualidade, mas como contar isso para a família? 

 

Hoje em dia com esses avanços “tecnológicos” ficou um tanto quanto complicado esconder do mundo a nossa preferência sexual, é uma curtida aqui, um compartilhamento ali e quando vemos já estamos transbordando de purpurina nossas redes sociais, e sempre tem aquela pessoa que fica 24 horas por dia policiando nosso comportamento seja no mundo real ou virtual, apenas esperando uma brecha para correr e  gritar aos quatros ventos “acho que o fulaninho é gay”. Em fim vamos pular essa parte e chegar ao ponto que interessa.
Como relatar para a família que não gosta do sexo oposto e sim sente atração pelo semelhante?
- Mãe, chega aqui vamos conversar, não gosto de racha e sim de pênis.
-Mamys, tenho uma ótima noticia vou lhe apresentar ao seu novo genro.
- Mãe, lá em narnia estava muito frio resolvi sair.
-Manheee, olha que lindo esse salto que eu compre pra gente.
Piadas a parte porque não queremos matar ninguém do coração. Falar com os amigos sobre as nossas preferências sexuais é uma coisa, falar com um familiar complica um pouco.   Mãe é a detetive do lar, sabe de tudo, mas muitas vezes se faz de “peixe morto” para não levantar suspeitas e evitar alguns assuntos.
Algumas sabem que somos “diferentes” desde a infância, mas preferem iludir-se e fugir da realidade.
Como contar:
Bom, primeiramente sente-se consigo mesmo e procure saber se é isto mesmo que você quer. Se estiver em duvidas recomendo que deixe para outra oportunidade, sentir-se seguro nesse momento é fundamental.
Foto: Prayers for bobby o filme
Creio que a pessoa escolhida para o desabafo será a sua mãe, ou quem sabe seu pai. Chame-a para uma conversa, mas não relate que é um assunto sério ou com agravantes, pois ser gay não é crime no Brasil, apenas procure uma oportunidade que estiver a sós com ela para ter essa conversa, assim não haverá interferências de terceiros.
Não chegue despejando “mãe eu sou gay”, prepare um terreno, fale sobre situações e tal, tente deixa-la confortável para um suposto choque ou não (Aviso nem todas vão reagir da mesma maneira, algumas irracionais, poderão perder a calma e agredir com palavras ou lesões corporais, outras simplesmente dirão que te aceitam da maneira que és).
Se por ventura, tua mãe ficar magoada pós conversa não a julgue, nem todas as pessoas são iguais, e meu querido o tempo é um ótimo remédio ele cura e cicatriza feridas mais profundas. 


Espero que tenham gostado do meu texto descontraído, O blogueiro.


 




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